segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Papel do pai na gravidez

Os novos estudos têm realçado o papel do pai na gravidez. Durante a gestação, a relação com um homem carinhoso e sensível proporciona à mulher e ao filho um sistema constante de apoio emocional. Não há nada que afecte mais profundamente uma mulher grávida e o seu filho intra-uterino, como as preocupações com o companheiro. Portanto, é muito perigoso para uma criança, tanto emocional como fisicamente, um pai que maltrate ou abandone uma mulher grávida.
Por evidentes motivos fisiológicos, o homem está em desvantagem na equação pré-natal, mas actos simples podem superar a diferença, como por exemplo falar com o filho intra-uterino, que tem a capacidade de ouvir desde a 6ª semana de gestação. E o recém-nascido é capaz de reconhecer a voz do pai.
Um grupo de pesquisadores colombianos encontrou altas taxas de transtornos psiquiátricos – especialmente esquizofrenia – entre crianças cujo pai morrera, enquanto estavam no útero.
O amor do pai é tão complexo e importante como o da mãe. Se se dá oportunidade, o homem pode ser tão “maternal” como a mulher: protector, estimulador, cuidadoso e sensível às necessidades de seus filhos.
Quanto mais precoce for o contacto do pai como filho recém-nascido, mais interessado e vinculado se torna. Um dos maiores mistérios é a explicação do vínculo pai-filho. No princípio, estão ausentes os evidentes vínculos fisiológicos e psicológicos, que unem o feto com a mãe. Os pais não trazem o filho no ventre durante 9 meses, jamais amamentam, só ocasionalmente dão a mamadeira e raras vezes passam com ele tanto tempo como as mães. Mas é indiscutível que o vínculo que se forma entre pai-filho pode ser tão forte e vital como o vínculo mãe-filho.
A função social do pai é socializar o filho, separá-lo da mãe. Como guia companheiro e intérprete do novo mundo da criança, o pai não só ajuda a estabelecer a sua percepção deste mundo, como também o êxito do seu funcionamento nele. Se a criança não tem um pai presente nem um pai substituto, terá vazios afectivos ao longo de toda a sua vida.
Pesquisas nos Estados Unidos têm mostrado que crianças de pais divorciados podem apresentar: baixo rendimento escolar, agressividade com a família e com os colegas, uso de drogas, depressão e angústia.

Sem comentários: