segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A importância do pai

Apesar de estar mais afectivo, o pai ainda é responsável por estabelecer os limites e atribuir a liberdade aos filhos. A mãe tem uma tendência natural para proteger demais os filhos, transmitindo-lhes valores como acolhimento e protecção. Já o pai estimula a independência dos filhos e corta o excesso de protecção da mãe. O seu papel é muito importante na construção da autonomia e da ousadia da criança. A diferença é que antes, a autoridade paterna era acompanhada do medo que as crianças sentiam frente a uma figura tão severa e distante. Hoje, esse processo ocorre de maneira mais saudável, já que os pais não se fazem entender apenas com gritos.
O que não pode acontecer é o pai “amolecer” demais e tornar-se permissivo. Quando isso acontece, as crianças acabam por tornar-se desobedientes, autoritárias e inseguras. Dar limites é, também, uma importante demonstração de amor, já que sem eles os filhos ficam perdidos.
A participação do pai é importante também em muitos outros aspectos. Ele serve como modelo de comportamento para os meninos e também permite que as meninas conheçam e compreendam o universo masculino. Práticos, objectivos e racionais, os homens também podem mostrar às crianças uma nova forma de encarar a vida, diferente do ponto de vista feminino.
Nem é preciso falar sobre o suporte emocional, que a maior proximidade afectiva do pai representa para os filhos. Se o amor da mãe já era muito bom, imagine-se isso em dobro! Um pai participativo e atencioso representa mais auto-estima, mais confiança, segurança e equilíbrio. Ele também serve como exemplo, contribuindo para que as próximas gerações superem definitivamente os preconceitos existentes na tradicional divisão do papel feminino e masculino na sociedade.
Não se deve pensar, entretanto, que uma criança que não pode conviver com o pai, por qualquer que seja o motivo, será necessariamente infeliz ou problemática. A figura paterna pode ser representada por um tio, um avô ou outro adulto do sexo masculino que participe activamente na vida da criança. O importante é que exista esse referencial masculino.

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